19/11/2007

~ Acessórios ~

Os acessórios merecem um destaque especial, pois para o povo árabe, quanto mais jóias a mulher apresentar em público, maior poder demonstra ter a família.
As primeiras bailarinas se enfeitavam com muitas pulseiras, gargantilhas, anéis e braceletes, para demonstrar sua boa situação económica.
Alguns acessórios utilizados:

- Testeiras: que podem ser feitas com moedas, ou bijuterias diversas. Devem combinar com a roupa;

- Pulseiras: existem relatos em que algumas bailarinas eram tatuadas em devoção a um Deus chamado Bes. Elas escondiam a tatuagem com braceletes. Evite usar braceletes se estiver com mangas esvoaçantes;
- Pulseiras;
- Anéis;
- Colares;
- Brincos;
- Tornozeleiras.

Peças Folclóricas:
- Chadores: Estão relacionados à proibição dos antigos, que não deixavam suas mulheres mostrarem o rosto ao sair pela cidade. Exemplos de danças que utilizam o chador: Dança da Bengala e Melea Laf;- Toucas: Sua função é esconder os cabelos, um costume milenar.

~ Benefícios da Dança do Ventre ~

Biológico:
-Regula as hormonas do aparelho reprodutor, aliviando o desconforto gerado por cólicas;
-Estimula todos os órgãos reprodutores, equilibra a dosagem de hormonas ,promovendo a irrigação sanguanínea no útero, oferecendo maior fertilidade à mulher;
-Regula os intestinos. Promove uma massagem interna na região abdominal;
-Diminui problemas como a má digestão;
-É ideal para qualquer idade. Para crianças desperta a criatividade e, na terceira idade, trabalha muito a articulação, contribuindo, em muito, para afastar a mulher da osteoporose.

Estético:
-Define o corpo feminino, principalmente na região da cintura, anca e coxas;
-Aumenta a tônus e o fortalecimento muscular;
-O ventre torna-se mais forte e fica mais rijo, portanto, esqueça a ideia de que a dança do ventre da barriguinha... ;)
-Dá maior flexibilidade ao corpo em geral, em especial à cintura pélvica e escapular;
-Queimando até 300 calorias por uma hora de aula (mantendo-se em bom ritmo);
-Aumenta a flexibilidade e condicionamento físico;
-Activa a circulação sanguinea, diminuindo a celulite.

Psicológico:
-Promove o auto-conhecimento e estimula a auto-estima;
-Traz desenvoltura e desinibição.

Intelectual*:
-Corporal cinestésica: a capacidade de resolver situações com o corpo, transmitindo uma ideia por meio de códigos corporais;
-Espacial: a capacidade de visualizar, criar e se movimentar no espaço, ou seja, melhorando a coordenação motora;
-Interpessoal e intrapessoal: o desenvolvimento do emocional, estimulando a busca interior e o contacto social, vencendo as barreiras da timidez;
-Musical: com o aprendizado de ritmos e tempos musicais e a adequação "música-coreografia".
*segundo a teoria de inteligências múltiplas de Howard Gardner.

Plano Astral:
-Actua directamente no centro de energia do corpo feminino, que se encontra no plexo solar (ventre), distribuindo-a de forma equilibrada, harmonizando todos os chacras e dissolvendo bloqueios de energia que são os causadores de desequilíbrios.

Plano Espiritual:
-A dança libera o amor puro que se encontra em nossos corações, permitindo a harmonia entre todos os seres vivos;
-Concede paz interior, sabedoria de vida e consciência sobre a própria existência.

Maquiagem e cuidados para uma apresentação

A maquiagem é muito importante para a bailarina.
Nos fragmentos históricos encontrados em terras egípcias, as bailarinas eram retratadas sempre com os olhos supermaquiados, ressaltando a expressividade do olhar.
Essa expressão que chamamos "olhos árabes", é preservada na atualidade, porque o olhar é um dos principais atrativos da dança, e é a janela da alma da bailarina... é no olhar que passamos toda a emoção ao dança.
Antes de começar a se maquiar:
1- Limpe o rosto e seque bem;
2- Prenda os cabelos, para que o rosto fique livre;
3- Procure se maquiar em um local com boa iluminação.

A Base:
A base é indispensável para corrigir manchinhas, sardas...
Em primeiro lugar você deve se preocupar com tipo mais apropriado para a sua pele. Existem bases líquidas, cremosas, em bastão e em pó.
Se sua pele é oleosa, fuja das bases gordurosas. Atualmente, existem bases que são em pó, mas que também podem ser usadas com uma espojinha umedecida com um poquinho de água, para cobrir melhor.

O Acabamento:
Depois de colocar a base , se necessário, um corretivo (para olheiras ou pequenas acnes, por exemplo), é conveniente passar um pouco de pó translúcido para eliminar o brilho.

As sobrancelhas:
Devem estar sempre impecáveis e mito bem traçadas. Se você tem falhas pu possui um sobrancelha ralinha, utilize lápis para corrigir.
Só tome cuidado para fazer os traços finos, no mesmo sentido dos pêlos, e para que o desenho das duas fiquem iguais, não se esqueça: se você é loira, utilize lápis marrom e se é morena, utilize o cinza e o preto.

Os Olhos:
Deve-se ter uma atenção especial aos olhos, pois eles transmitem nossos sentimentos, e tem um papel importantíssimo na dança do ventre, pois é através deles que nos experessamos e damos vida à dança
Ilumine a pálpebra, combinando com o traje (se a roupaa tem dourado, sombra dourada cai bem), depois, você pode usar um tom mais escuro para fazer o sombreado (um marrom por exemplo), ou, se a roupa for clara, branco pode ficar muito bonito. Tenha um bom estojo com cores básicas (tons de marrom, cobre, ouro, prata e grafite).
Mas também é bom ousar um pouco. Dependendo, pode-se utilizar uma sombra que combine com a roupa (ex.: uma roupa verde e dourada - ilumine a pálpebra com dourado, faça um leve sombreado na parte externa da pálpebra e esfumace, misturando levemente com uma sombra verde). Deve-se ter um bom senso ao utilizar cores como rosa, azul, lilás, etc, pode-se conseguir um efeito muito bonito, ou... a catástrofe total!
Cuidado para não ficar caricato!

O Contorno dos Olhos:
O traço do contorno depende muito do seu olho, mas, em geral, ele deve ser fino e delicado no canto interior e mais espesso no final. Os olhos devem ser muito bem delineados, pois são uma grande característica desta dança e sempre deixam um toque de mistério no ar.
MAS TOME CUIDADO!!! A "puxadinha", aquele risquinho no canto exterior do olho, que muitas fazem, deve ser muito, mas muito sutil. Um risco grande torna o resultado caricato e vulgar. Você vai acabar parecendo uma bailarina de cabaré! Portanto, tome cuidado e seja sutil e delicada.
O traço do lápis deve ser fino, percorrendo toda a linha superior e inferior dos cílios. O delineador pode ser usado no lugar do lápis ou apenas para intensificar o preto.

O Rímel (máscara de cílios):
Os cílios dão um toque especial ao olhar. Existem muitos tipos de rímel (os que alogam, dão volume, etc), eu particularmente prefiro os que são à prova d'água, porque não mancham, nem escorrem, porém são um pouco difíceis para tirar. Vale a pena investir e comprar um bom.
Dicas: não "bombeie" o rímel antes de usá-lo, pois isso diminui a sua durabilidade. Para quem é loira, uma boa opção é usar rímel marrom.

O Blush:
Deve combinar perfeitamente com seu tom de pele. Se sua pele for clara, opte por tons de rosa, salmão claro (mas nada de rosa pink ou vermelho, por favor...). Se for morena, acobreados são uma boa opção. Pele clara ou morena, fuja dos alaranjados! Os "blushes" em bastão ou cremosos, também são uma boa opção.
O blush deve ser utilizado apenas para dar um aspecto mais "saudável" ao rosto
Dica: para aplicar o blush, sorria e espalhe-o com um pincel redondo na parte mais alta das maçãs do rosto.

A Boca:
Uma boca bem delineada é muito sensual. Use um lápis especial para delinear lábios antes e certifique-se de que o contorno combine perfeitamente com o batom.
Quem tem lábios finos, pode torná-los maiores utilizando um contorno com lápis mais claro, porém se quiser uma boca bem marcada, opte por um tom mais escuro. Bailarinas egípcias costumavam usar vermelho nas unhas e boca. No entanto, é necessário tomar cuidado com essa cor... alguns são muito berrantes, outros podem escorrer e causar uma verdadeira catástrofe!
Se você gosta de usar tons de vermelho sangue e vinho, o melhor a fazer é aplicar o batom com um pincel ao invés do bastão, a camada fica mais fina, mais natural e não escorre. Eu, prefiro dar mais atenção aos olhos, e nos lábios, fazer um contorno "cor de boca", passar um "brilhozinho" pra ficar com a boca mais vermelhinha e só.
Outra boa opção são os batons de longa duração disponíveis no mercado, eles são mais "secos" porém mais macios. Depois que você aplica, ele seca e não escorre de jeito nenhum. O inconveniente deles é que alguns às vezes podem rachar depois de algum tempo, devido às "ruguinhas" naturais dos lábios e precisam ser reaplicados.

Cuidado com os Exageros:
A maquiagem exagerada envelhece e se torne pesada.
Fazer um arco-íris nos olhos não vai dar melhor efeito do que usar poucos tons em prefeita harmonia. A maquiagem deve ser sensual, mas com um toque de sutileza para não parecer vulgar. Seu rosto deve ser bonito de ser admirado de longe (como em um show de palco) e de perto (como em um restaurante).
Lembre-se: exageros com maquiagem só são permitidos do carnaval. A maquiagem não precisa ser exagerada para ser notada.

Nota: Ao fim da apresentação, limpe bem a pele, e tire toda a maquiagem, utilize produtos sem álcool. Lave bem o rosto com um sabonete cremoso (os de erva doce são ótimos), ou próprio para o rosto. Em seguida, passe um tônico e um hidratante.
Para retirar a maquiagem dos olhos, use removedores específicos para este área, pois a região da pálpebra é delicada. Hidrate sempre os lábios e jamais durma maquiada! Isso é um atentado à pele.

~ Demais Cuidados ~


Cabelos:
Todo mundo, quando pensa em uma bailarina de dança do ventre, imagina uma mulher com cabelos longos, dizem que essa é a preferência da dança árabe, mas, se você não possui uma "vasta cabeleria" não entre em pânico, não leve isso muito a sério!
Na minha opinião, um cabelo bem cuidado, macio e brilhante já basta, não importa se é liso ou enrolado.
Meu cabelo esta em fase de crescimento, e às vezes penso em comprar um aplique, mas desisto da ideia. Por que seguir um padrão? Por que não ousar?! Eu gosto de fazer um penteado que deixe meu rosto em evidência.
Vala a pena inovar! Se você tem cabelos cacheados, pode-se fazer uma super escova, ou usá-los ao natural, ou até mesmo fazer uma trança... prendê-los de um jeito diferente.
Muitas vezes um arranjo bonito faz toda a diferença no visual!
Para quem tinge os cabelos: não deixe de fazer uma hidratação de vez em quando! Cabelos tingidos são mais frágeis e nunca deixe a raiz em evidente! Deixa um ar de desleixo.

Mãos e pés:
Deve estar sempre com as unhas feitas, ou se não, impecavelmente limpas e bem tratadas. Não há nada mais feio que unha suja e pé cascudo!!! :P

~ RITMOS ~

Ayyub:
É um ritmo 2/4 simples e rápido, usado para acelerar (ou "aquecer") uma performance.
Ele se encaixa bem com outros ritmos, e geralmente é utilizado para "acentuar" outro ritmo. Não é executado durante tempos muito longos, pois torna-se monótono.

Baladi:
Este é um ritmo inserido no grupo dos derivados do Maqsum. Maqsum simples é a base de muitos ritmos e especialmente importante na música egípcia. Se você escuta música oriental com acompanhamento de percussão, certamente reconhece o tradicional DT-TD-D do Maqsum.
O Baladi é uma versão folclórica do significado da terra, do campo e envolve no Egito um pouco de regionalismo Maqsum, caracterizado pelos familiares dois dums que lideram a frase. Este ritmo é muito típico aparecendo com frequência na música para Dança Oriental.
O Dum duplo tende a submergir quando há acompanhamento melódico por isso, às vezes, pode não ser ouvido de imediato, então utiliza-se como base, uma versão simples de Maqsum.
Existem inúmeras variações do Baladi, e algumas possuem seu próprio nome, como por exemplo o Masmoudi Saghir (Masmoudi "pela metade"). Alguns músicos afirmam que o Baladi é, na verdade, uma versão folclórica do Maqsoum. D - D - t k t - D - t k t

Chiftitelli:
Ritmo 8/4, que é executado lentamente (comparando-o ao Baladi, por exemplo). Originou-se provavelmente na Grécia ou na Turquia. Além de ser utilizado na Raks Charky, também é utilizado na Turquia, como dança de casais. D - t k t - t - t k t - t - t k t - t k t - t k t

El Zaffa
Ritmo 4/4 egípcio utilizado em cerimônias de casamento. Dançarinos e músicos (tocando MAZHAR E DAFF) acompanham o casal de noivos, na entrada e na saída da cerimônia.

Fallahi
A palavra Fallahi significa algo criado por um Fallahin - fazendeiros egípcios, que utilizavam este ritmo 2/4 nas suas canções de celebração. Geralmente é tocado duas vezes mais rápido que o Maqsoum.

Karachi
Ritmo 2/4, rápido, amplamente utilizado no Egito e no norte da África.

Solo de Percussão
Um solo reunindo variados ritmos árabes no qual, entre os instrumentos de percussão, destaca-se o Derbak.

Estilos de dança do ventre

DANÇA DA ESPADA
Existem várias lendas que a origem da dança da espada. Uma delas diz que é uma dança em homenagem à deusa Niet, uma deusa guerreira. Ela simbolizava a destruição dos inimigos e a abertura dos caminhos. Uma outra, diz que na antiguidade as mulheres roubavam as espadas dos guardiões do rei para dançar, com o intuito de mostrar que a espada era muito útil na dança do que parada em suas cinturas ou fazendo mortos e feridos. Dançar com a espada permite equilíbrio e domínio interior das forças densas e agressivas. Uma terceira lenda conta que na época, quando um rei achava que tinha muitos escravos, dava a cada uma,
uma espada para equilibrar na cabeça e dançar com ela. Assim, deveriam provar que tinham muitas habilidades. Do contrário, o rei mandaria matá-lo. O certo é que, nesta dança, a bailarina deve saber equilibrar com graça a espada na cabeça, no peito e na cintura. É importante também escolher a música certa, que deve transmitir um certo mistério. Jamais se dançaria um solo de Derbak com a espada. http://www.youtube.com/watch?v=122aAl-R14A&feature=related








DANÇA DO PUNHAL
Essa dança era uma reverência è deusa Selkis, a rainha dos escorpiões e representa a morte, a transformação e o sexo. http://www.youtube.com/watch?v=Un83sJYU_1I





DANÇA DO CANDELABRO, DO FOGO E DA VELA
Este tipo de dança existe a muitos anos e fazia parte das celebrações de casamento e nascimento de crianças. É tradicionalmente apresentada na maioria dos casamentos egípcios, onde a dançarina conduz o cortejo de casamento levando um candelabro na cabeça. Desta maneira, ela procura iluminar o caminho do casal de noivos, como uma forma de trazer felicidade para eles.http://www.youtube.com/watch?v=1hk4FcMMnQo


DANÇA DAS TAÇAS
A dançarina exterioriza sua deusa interior, fazendo do seu corpo um veículo sagrado e ofertado. Utilizando o fogo das velas, que representam a vida. Taças e velas, simbolizam a espiritualidade e festividade, como o casamento e a maternidade. A dança das taças está voltada para a própria bailarina, pois exalta seu corpo, despertando toda a feminilidade de si mesma.
A bailarina traz em suas mãos duas taças, onde se encontram as velas acesas. http://www.youtube.com/watch?v=GMraL5f9IsA&feature=related




DANÇA DA SERPENTE
Por ser um animal considerado sagrado e símbolo de sabedoria, antigamente as sacerdotistas dançavam com uma serpente de metal muitas vezes de ouro).
Actualmente vê-se algumas bailarinas dançando com cobra de verdade, mas isto deve ser visto apenas como um show de variedades, já que nem nos primórdios da dança o animal era utilizado.
Justamente por ser considerada sagrada, a serpente era apenas representada por adornos utilizados pelas bailarinas e pelo movimento do seu corpo. http://www.youtube.com/watch?v=J0-jioagm70



DANÇA DOS VÉUS
Não se sabe ao certo como surgiu a dança dos véus. Dizem que ela tem suas raízes na dança dos sete véus que é uma dança onde os véus representavam os sete chakras em euilibrio e harmonia. A retirada e o cair de cada véu significavam o abrir dos olhos que desperta a consciência da mulher. O véu actualmente é um dos símbolos mais comuns da dança do ventre e são muitos os passos que o utilizam.
Alguns são usados especialmente para emoldurar o rosto ou o corpo da dançarina, assim envolvendo-a em mistério e magia. Por ser transparente, tem o encanto de ostrar sem revelar. http://www.youtube.com/watch?v=JugtbqJ6IqI



DANÇA DOS SETE VÉUS
Uma das danças mais fortes e enigmáticas. É uma dança sagrada onde cada véu corresponde a um grau de iniciação.
A sacerdotisa oferecia a dança para a deusa Ísis, que dentro dela existe, e lhe dá beleza e força.
Os sete véus representam os sete chackras do corpo, sete cores, sete planetas, sete defeitos, sete maravilhas e os sete pecados capitais.
Os véus podem ser das seguintes cores: vermelho, laranja, amarelo, verde, azul, lilás e branco. A vestimenta da dança do ventre, embaixo dos sete véus, é preferencialmente de cor clara, suave. A dança tem variações, como a dança dos nove véus.





DANÇA DOS SNUJS
Pequenos címbalos de metal, os snujs eram usados pelas sacerdotisas para energizar, travar vibrações positivas e retirar os maus fluidos do ambiente, além de servir para acompanhar o ritmo da música. No Egito Antigo, as bailarinas
costumavam estalar os dedos para acompanhar o ritmo da música.
Este costume evoluiu com a utilização de pequenos instrumentos metálicos chamados snujs.

Esta dança é bem alegre e mostra a habilidade da bailarina dançando e tocando um instrumento.



DANÇA DO PANDEIRO
Eram sempre feita com o sentido da comemoração, da alegria e da festa. Assim como os snujs, acompanha-se seu som com o ritmo da música. Graciosa dança e provável origem cigana-egípcia, a dança do pandeiro é bastante alegre, executada em ritmos ágeis, como o Falahi, por exemplo. É uma dança que exige suavidade e boa percepção musical da bailarina, quando das intervenções do instrumento durante as apresentações



DANÇA DO BASTÃO
Há uma dança masculina originária de Said, região do Alto Egipto, chamada Tahtib.
Nela são usados longos bastões chamados Shoumas. Estes bastões eram usados pelos homens para caminhar e para se defender. Note que Said também é o nome do ritmo originário desta região. As mulheres, costumam apresentar-se utilizando um bastão leve ou uma bengala, imitando-os, porém com movimentos mais femininos.
Elas apresentam-se ao som do ritmo Said original, ou mesmo do Baladi ou do Maqsoum. Durante a dança, a mulher apresenta toda a sua habilidade, equilibrio e charme. Costuma-se chamar esta dança feminina de Raks El Assaya (Dnaça de Said). A Raks El Assaya foi introduzida nos grandes espectáculos de Dança do Ventre pelo coreógrafo Mahmoud Reda. Fifi Abdo teria sido a primeira grande dançarina a apresentar performances com a bengala. Porém ela se apresentava com roupas masculinas.



O ZARR
É uma dança de êxtase, praticada no norte da África e no Oriente Médio, não aceita pelo Islamismo. Ele é melhor descrito como sendo uma ''cerimónia de cura'', na qual utiliza-se percursão e dança. Funciona também como uma forma de compartilhar conhecimento e solidariedade entre as mulheres destas culturas patriarcais. No Zarr, a maior parte dos líderes e dos participantes são mulheres. Muitos estudiosos têm notado que, embora a maioria dos espíritos transmissores sejam masculinos, as ''receptoras'' geralmente são mulheres. Isto não significa que os homens não participem das cerimônias Zaar; ele podem ajudar na percursão, no sacrifício de animais, ou fazer as oferendas. De facto, em algumas culturas praticantes do Zaar,
são observadas tendências em se inserir uma participação masculina maior, nas quais ele, mais do que cooerador, busca tornar-se o líder. Actualemnte ocorre uma proliferação de grupos de culto no Sudão, além de uma diversidade nos tipos de Zaar.



O KHALIJ
É uma dança feminina saudita também conhecida como Raks El Nacha´at.
Seu propósito é permitir à mulher exibir seu cabelo, seus passos gracioso, e seu vestido ricamente bordado, usado exclusivamente nesta dança, a qual é usualmente executada em casamentos.



DANÇA DO LENÇO ENROLADO (Milaya A'Laff)
Sensual e satírica, esta dança é executada pelas mulheres baladi dos subúrbios do Cairo.
Com a borrka (chador tricotado reto, que deixa visível todo o rosto da bailarina, bem diferente dos chadores tradicionais, que escondem totalmente o rosto), o Milaya A'Laff traz um clima de grande sensualidade, ousadia, descontração e até mesmo exagero.
É comum, nesta dança, vermos a bailarina emitindo várias vezes a zagareeta, tradicional grito de exaltação e falando em árabe. O ritmo geralmente é o Malfuf.




DANÇA DO JARRO
No Egito, a dança do jarro é originária dos rituais de nascimentos. A bailarina colocava um jarro d´água na cabeça e fazia movimentos artísticos.
A dança do jarro também simboliza as mulheres que saem de suas tendas e vão buscar água no Rio Nilo.




RAKS EL SHARQI - estilo clássico
Para a dança clássica, utiliza-se músicas, na maioria das vezes compostas para a bailarina. Pode ser dividida mais ou menos assim:
Entrada em Cena > Desenvolvimento da Música (com altos e baixos e ritmos diversos) > Grande Final (a bailarina deve deixar o palco dançando)
Neste estilo de dança, é comum utilizar muitos passos do ballet clássico como o arabeske, giros, chassê, etc.
A parte superior do corpo é mais enfatizada do que a de baixo.
Para a entrada, a utilização de véus é muito bem-vinda.
Este estilo de música foi imortalizada por Om Kalsoum, cantora libanesa que cantava com profunda emoção. Suas músicas chegavam a durar uma hora e suas apresentações eram motivo de feriado para os árabes.




KHALEEGE OU SOUDI
Esta dança mostra toda a graça ds mulheres do Golfo Pérsico e dos Emirados Árabes. É a dança típica de festas e reuniões familiares.
Durante a dança, as mulheres "exibem" seus cabelos (que são motivo de orgulho) jogando-os de um lado para o outro e executando deslocamentos graciosos e bem marcados. Os vestidos de khaleege são levemente transparentes e ricamente bordados.




BALADI
Dança homônima ao ritmo, é típica dos migrantes camponeses que vivem em grandes centros, como Alexandria e Cairo. Rica em sensualidade, força, improvisações e em marcações que variam a aceleração, permitindo o Taksim.
A dança baladi é presença certa em qualquer show e/ou apresentação de dança do ventre. É ágil, marcada, vibrante e, muitas vezes, alterna momentos de aceleração diferenciada.



SOLO DE DERBAKE
A origem desta modalidade vem desde o tempo dos rituais, pois eram acompanhados pela batidas fortes da percussão, em que a sacerdotisa acompanhava as mesmas com precisão, exaltando as forças da terra.
O Derbake, principal instrumento de percusão, estabelece um diálogo com o corpo da bailarina, que interpreta cada som e cada ritmo que soa com os seus quadris, seguindo a dinâmica da música.